Outro dia uma pessoa, durante uma conversa, olhou-me no rosto, assustada falou que nunca tinha percebido, mas que eu tinha uma cicatriz, uma marca no rosto!!!
Após essa breve conversa, falamos sobre cirurgias plásticas, sobre acidentes infantis que deixam marcas em nosso corpo, como a minha fruto de um arame farpado, que cravou no meu rosto, ao cair de um apoio, onde estava, curiosa, olhando a boiada passar no “carreador”. Emoção, susto, queda, ferimento, sangue, choro, cicatriz!
Após essa conversa, fiquei pensando nas cicatrizes, nas marcas, não essas externas, que temos na pele, no rosto, nos braços, nas pernas.
Será que não temos outras cicatrizes? Outras marcas?
Acredito que durante nossa vida carregamos, acumulamos cicatrizes, algumas externas, outras internas.
As externas, marcadas em nossa pelo por ferimentos, nos incomodam, incomodam mais aos outros, que nos vêem, nos questionam sobre elas. Para essas há alternativas, há as cirurgias plásticas, que podem reparar tecidos, recompor, reconstruir a face de uma pessoa que teve parte de seu rosto despedaçada por mordidas de cães. Essa, a cirurgia da face é atualmente o grande avanço da medicina, da cirurgia plástica, que devolve, certa forma, a identidade, um rosto, para quem já não podia se olhar no espelho.
Mas e as outras marcas? As internas? Aquelas que foram fruto de ferimentos, feitos por palavras mal ditas, ditas de forma errada, na hora errada, que fizeram marcas na nossa alma.
Essas marcas não são vistas pelos demais, não os incomoda, pois não podem vê-la. Mas e a nós? Podemos ignorá-las? Esquecê-las?
Penso que podemos deixá-las no canto escuro de nossa memória, de nossa história, mas sempre serão iluminadas pelos clarões da nossa lucidez ou da nossa loucura. Ficarão para sempre ali, como um farol, piscando, piscando, nos lembrando a todo o momento, que elas estão ali.
Quais são as suas marcas internas? Quais são as suas cicatrizes invisíveis?
"Não foi a libertação do medo, mas o equilíbrio do medo, que tornou possível a sobrevivência da nossa civilização"
MEIR, Golda.
Fonte:http://www.citador.pt/citador.php?cit=1&op=8&theme=148&firstrec=0 , ACESSO EM: 31/05/2006.
Após essa breve conversa, falamos sobre cirurgias plásticas, sobre acidentes infantis que deixam marcas em nosso corpo, como a minha fruto de um arame farpado, que cravou no meu rosto, ao cair de um apoio, onde estava, curiosa, olhando a boiada passar no “carreador”. Emoção, susto, queda, ferimento, sangue, choro, cicatriz!
Após essa conversa, fiquei pensando nas cicatrizes, nas marcas, não essas externas, que temos na pele, no rosto, nos braços, nas pernas.
Será que não temos outras cicatrizes? Outras marcas?
Acredito que durante nossa vida carregamos, acumulamos cicatrizes, algumas externas, outras internas.
As externas, marcadas em nossa pelo por ferimentos, nos incomodam, incomodam mais aos outros, que nos vêem, nos questionam sobre elas. Para essas há alternativas, há as cirurgias plásticas, que podem reparar tecidos, recompor, reconstruir a face de uma pessoa que teve parte de seu rosto despedaçada por mordidas de cães. Essa, a cirurgia da face é atualmente o grande avanço da medicina, da cirurgia plástica, que devolve, certa forma, a identidade, um rosto, para quem já não podia se olhar no espelho.
Mas e as outras marcas? As internas? Aquelas que foram fruto de ferimentos, feitos por palavras mal ditas, ditas de forma errada, na hora errada, que fizeram marcas na nossa alma.
Essas marcas não são vistas pelos demais, não os incomoda, pois não podem vê-la. Mas e a nós? Podemos ignorá-las? Esquecê-las?
Penso que podemos deixá-las no canto escuro de nossa memória, de nossa história, mas sempre serão iluminadas pelos clarões da nossa lucidez ou da nossa loucura. Ficarão para sempre ali, como um farol, piscando, piscando, nos lembrando a todo o momento, que elas estão ali.
Quais são as suas marcas internas? Quais são as suas cicatrizes invisíveis?
"Não foi a libertação do medo, mas o equilíbrio do medo, que tornou possível a sobrevivência da nossa civilização"
MEIR, Golda.
Fonte:http://www.citador.pt/citador.php?cit=1&op=8&theme=148&firstrec=0 , ACESSO EM: 31/05/2006.
Comentários